Vamos fazer de todo o círculo uma reta
Dar as costas ao farol, ao que orienta...
Para a esmo, pelo breu e pela treva,
Caminhar na insanidade, na doença...
Desdenhar da luz do sol, da natureza
Que incita em nosso peito, desengano
quando expõem nossas mazelas, à crueza
e a miséria dos que expiam, nesse plano.
E sonâmbulos espreitam as esquinas
Feito placas que orientam o porvir
São agentes do revés e da desdita
Corrompem os que ousam lhes seguir.
Já não sei mais se eu sigo, ou conduzo
Se trabalho ou enfim, sou trabalhado...
Sei que a luz que nos afasta do escuro
Dura pouco, não nos serve como bálsamo.
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