quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vamos fazer de todo o círculo uma reta
Dar as costas ao farol, ao que orienta...
Para a esmo, pelo breu e pela treva,
Caminhar na insanidade, na doença...

Desdenhar da luz do sol, da natureza
Que incita em nosso peito, desengano
quando expõem nossas mazelas, à crueza
e a miséria dos que expiam, nesse plano.

E sonâmbulos espreitam as esquinas
Feito placas que orientam o porvir
São agentes do revés e da desdita
Corrompem os que ousam lhes seguir.

Já não sei mais se eu sigo, ou conduzo
Se trabalho ou enfim, sou trabalhado...
Sei que a luz que nos afasta do escuro
Dura pouco, não nos serve como bálsamo.

Eu passageiro.

.
Quem caminha para sempre esquecido
Em treva e trilhos que traem o homem
Que obrigam-no a vagar, adormecido...
Indolente à todo o mal que lhe consome.

Sombra e latidos, dor e fome...
Avultam-se cadáveres que andam
E que falam e que gritam o seu nome
Pros conchavos tão mesquinhos que eles tramam.

E agachados nós tratamos...engendramos...
Maneiras de seguir, de conseguir!
O triste é que o horror dos nossos planos
Machucam só quem quer nos ver feliz...