A saudade é um castigo e mereço, espero que isso me deixe forte, imploro que a fonte do meu desejo...
Se esgote.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Autômato de carne.
Se alguém quiser trocar a sua tranquilidade pela minha inconstância, eu aceito já.
Há quem diga que sim, há quem diga que não, o fato é que a credulidade e a confiança alheia são sentimentos quase inacessíveis. Não vale a pena pedir, não vale a pena lutar por eles, nosso gênero está fadado à superficialidade e ao imediatismo. Não é o niilista falando, é uma comprovação, você que já errou bastante vai entender, você que é ladrão, você que é homicida, você que não tem vergonha ainda vai encontrá-la nos olhos daqueles que lhe são caros. Um conselho pra todos os que caem : procure cair sozinho e quando o fizer não chore, não lamente pois o pranto ecoa pelas paredes e se acaso ele ganhe a janela e invada a rua, é bom lembrar que no deserto das gentes só vivem surdos.
Desistir? Não, buscar ombros conhecidos? Não. Ninguém calça o teu sapato, dizem que lamentam por você e que sentem muito. Não sentem nada.
E como poderiam? Eu mesmo sou um robô.
Disse que estava buscando a redenção e estou, pena que os ingressos para o curioso espetáculo do meu retorno ao mundo dos vivos já se esgotaram. Tive que comprar todos os números, sou eu e o que ecoa...
Há quem diga que sim, há quem diga que não, o fato é que a credulidade e a confiança alheia são sentimentos quase inacessíveis. Não vale a pena pedir, não vale a pena lutar por eles, nosso gênero está fadado à superficialidade e ao imediatismo. Não é o niilista falando, é uma comprovação, você que já errou bastante vai entender, você que é ladrão, você que é homicida, você que não tem vergonha ainda vai encontrá-la nos olhos daqueles que lhe são caros. Um conselho pra todos os que caem : procure cair sozinho e quando o fizer não chore, não lamente pois o pranto ecoa pelas paredes e se acaso ele ganhe a janela e invada a rua, é bom lembrar que no deserto das gentes só vivem surdos.
Desistir? Não, buscar ombros conhecidos? Não. Ninguém calça o teu sapato, dizem que lamentam por você e que sentem muito. Não sentem nada.
E como poderiam? Eu mesmo sou um robô.
Disse que estava buscando a redenção e estou, pena que os ingressos para o curioso espetáculo do meu retorno ao mundo dos vivos já se esgotaram. Tive que comprar todos os números, sou eu e o que ecoa...
domingo, 26 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Céu sem estrela
hoje, 23 de dezembro resolvi sair por aí, continuo firme sempre, porém surgiu a oportunidade de conhecer alguém, e o engraçado foi que eu não quis conhecê-la, desculpe a franqueza mas ainda penso em alguém, só que infelizmente esse alguém já não está mais próximo de mim.
Eu não sei o que fazer com esse sentimento, queria poder esquecer, afogar a esperança, só que a esperança hoje é tudo que eu tenho...
Com a esperança vem o medo só que o tempo não retrocede, não pra mim. Será que um dia eu vou encontrar de novo um apoio...
Espero por isso, eu clamo, preciso.
Quando vai acontecer?
Se for, vou de encontro, vou aberto, vou com tudo.
Tudo o que tenho guardado...
Eu não sei o que fazer com esse sentimento, queria poder esquecer, afogar a esperança, só que a esperança hoje é tudo que eu tenho...
Com a esperança vem o medo só que o tempo não retrocede, não pra mim. Será que um dia eu vou encontrar de novo um apoio...
Espero por isso, eu clamo, preciso.
Quando vai acontecer?
Se for, vou de encontro, vou aberto, vou com tudo.
Tudo o que tenho guardado...
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
adeus a mim mesmo
Isso é um adeus pra mim mesmo, despeço-me da minha pessoa e ,por hora, de todos aqueles que me ajudaram, que empenharam-se, que sonharam... pois foi graças a todos os que um dia me quiseram que eu pude, tardiamente perceber que a continuidade da felicidade depende de meu afastamento.
Sinto culpa, muita e por isso vou dar um descanso pra todos, o alívio da minha ausência, meus sentimentos agora são profundos e terríveis demais para que eu possa compartilhar, falar, chorar ou gritar sobre eles.
Hoje percebi a dimensão dos erros que eu cometi e eles foram muitos, demais para serem perdoados, estou no escuro. Não quero mais magoar, decepcionar e ferir, eu só queria que o tempo voltasse em mim enquanto eu pudesse ser outra pessoa. Pra mim só o amor não foi suficiente, não bastou para me salvar, hoje fui a um velório de um amigo, assassinado com doze tiros e lembrei das várias vezes em que eu senti a sombra deste destino, de tudo pelo que passei, pois todos os presentes já me conheciam e eu senti o peso dos seus olhares. Eu o conhecia...
Se volto eu não sei, mas quando eu voltar já não serei mais o mesmo e aí poderemos nos reencontrar.
Cheguei a inevitável encruzilhada que eu por anos temi e evitei, cheguei ao limite, já não tenho mais pra onde cair então só me resta recomeçar. Mas este recomeço tem se mostrado a coisa mais difícil que eu já senti, a mais dolorosa e a mais solitária, não tenho como comparar a indescritível sensação de término e a dificuldade em recomeçar sabendo que tenho que fazer isso sozinho, e eu estou sozinho, como jamais estive em minha vida. Seria um erro eu esperar que pudessem compreender aquilo que lhes parece incompreensível, quem dirá perdoar... perdão, jamais entendi o significado desta palavra até o dia de hoje, mas chegará o dia em que eu possa ouvir esta palavra, e quando isso acontecer, será, para mim, o dia mais claro...
Espero, aguardo e acredito, pois um homem sem esperança é apenas uma sombra, e a treva que paira sobre mim, neste dia há de se dissipar. O meu desejo mais profundo, o que me permite continuar, mesmo na dor e na solidão é a esperança de que não seja muito tarde pra que eu possa ter de volta o tesouro que eu, egoísta e cruelmente deixei que se perdesse pra quem sabe nunca mais voltar. Eu queria muito, de todo o coração.
Eu ainda espero...
Sinto culpa, muita e por isso vou dar um descanso pra todos, o alívio da minha ausência, meus sentimentos agora são profundos e terríveis demais para que eu possa compartilhar, falar, chorar ou gritar sobre eles.
Hoje percebi a dimensão dos erros que eu cometi e eles foram muitos, demais para serem perdoados, estou no escuro. Não quero mais magoar, decepcionar e ferir, eu só queria que o tempo voltasse em mim enquanto eu pudesse ser outra pessoa. Pra mim só o amor não foi suficiente, não bastou para me salvar, hoje fui a um velório de um amigo, assassinado com doze tiros e lembrei das várias vezes em que eu senti a sombra deste destino, de tudo pelo que passei, pois todos os presentes já me conheciam e eu senti o peso dos seus olhares. Eu o conhecia...
Se volto eu não sei, mas quando eu voltar já não serei mais o mesmo e aí poderemos nos reencontrar.
Cheguei a inevitável encruzilhada que eu por anos temi e evitei, cheguei ao limite, já não tenho mais pra onde cair então só me resta recomeçar. Mas este recomeço tem se mostrado a coisa mais difícil que eu já senti, a mais dolorosa e a mais solitária, não tenho como comparar a indescritível sensação de término e a dificuldade em recomeçar sabendo que tenho que fazer isso sozinho, e eu estou sozinho, como jamais estive em minha vida. Seria um erro eu esperar que pudessem compreender aquilo que lhes parece incompreensível, quem dirá perdoar... perdão, jamais entendi o significado desta palavra até o dia de hoje, mas chegará o dia em que eu possa ouvir esta palavra, e quando isso acontecer, será, para mim, o dia mais claro...
Espero, aguardo e acredito, pois um homem sem esperança é apenas uma sombra, e a treva que paira sobre mim, neste dia há de se dissipar. O meu desejo mais profundo, o que me permite continuar, mesmo na dor e na solidão é a esperança de que não seja muito tarde pra que eu possa ter de volta o tesouro que eu, egoísta e cruelmente deixei que se perdesse pra quem sabe nunca mais voltar. Eu queria muito, de todo o coração.
Eu ainda espero...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
tudo de mim
O meu desejo é mudar, não precisar mais mahcucar, fazer quem eu amo temer por mim, envergonhar o amor. A estrada que eu percorro é dura, cinzenta feito a chuva, mas um dia eu encontrei alguém... alguém que acreditou, zelou por mim, me quis, e eu egoísta e fraco joguei fora esta chance única. Fiz tudo errado, já não sei mais como consertar as coisas, se é que elas podem ser consertadas, eu quebrei uma alma, feri do pior jeito, agora estou só, lutando contra mim mesmo pedindo toda a ajuda que eu puder. O meu mundo caiu feio e eu com ele, eu só queria ter esperança...
Das coisas que eu sinto, nunca digo, não partilho nada. Pois é, agora estou partilhando, eu não tenho vergonha disso, da ajuda que eu preciso, não quero perder mais ninguém. Só que hoje ninguém mais quer saber, já se cansaram, mas eu não sei como provar que ainda posso, que ainda sinto...quero gritar, sumir, pedir perdão ao mundo, às vezes gostaria de não ter nascido.
Eu só quero dizer que eu lamento... a todos a quem amo que eu os quero por perto,que não desistam ainda, mas é tarde pra isso, é tarde pra pedir socorro, mas se alguém ainda acreditar, ainda se importar que me procure que eu estou perdido, quero me encontrar, quero que essa dor termine, eu nunca mais, nunca farei alguém sofrer por que hoje eu também estou sofrendo e não consigo suportar a culpa...
estou no escuro.
alguém, qualquer um traga uma luz, que eu preciso de orientação.
não há poesia, não há mais nada, só sinceridade.
eu nunca fiz isso, nunca pedi, nunca me abri o meu coração, ele é feio demais, duro demais, vazio demais...
termino essas palavras com um pedido de socorro, um apoio, um consolo por menor que seja, eu quero alívio, um amigo...
Um anjo apareceu pra mim, dela não soube cuidar, então se eu não posso mais lhe fazer o bem, o amor que eu queria lhe mostrar, a gratidão, o amparo... peço então que alguém, possa lhe dar a paz que eu não consegui, que lhe faça sorrri de novo, que lhe faça esquecer de mim.
Essa é a coisa mais bonita que eu posso fazer, é tudo que eu posso dar, a certeza de que eu não apareço mais, a confiança de que estou lutando com todas as minhas forças, a promessa de que eu só lhe quero bem. Pra isso tenho que sair... tenho que seguir em frente e sozinho.
não a amo por ser bonita, isso ela é, eu a amo porque ela tentou com todas as forças...acreditou em quem não valia a pena. Como vou dizer que agora, depois de tudo, eu estou disposto, eu tenho certeza.
Eu vou mudar por mim, pela minha família, pelos meus amigos, pelo meu amor. Eu sigo só mas continuo amando...esperando.
Qualquer um, por favor diga que acredita, que me aceita e que não é tarde pra mim.
Espero o tempo que precisar, mas vou provar que ainda posso fazer alguém feliz.
Eu ainda posso sonhar?
Das coisas que eu sinto, nunca digo, não partilho nada. Pois é, agora estou partilhando, eu não tenho vergonha disso, da ajuda que eu preciso, não quero perder mais ninguém. Só que hoje ninguém mais quer saber, já se cansaram, mas eu não sei como provar que ainda posso, que ainda sinto...quero gritar, sumir, pedir perdão ao mundo, às vezes gostaria de não ter nascido.
Eu só quero dizer que eu lamento... a todos a quem amo que eu os quero por perto,que não desistam ainda, mas é tarde pra isso, é tarde pra pedir socorro, mas se alguém ainda acreditar, ainda se importar que me procure que eu estou perdido, quero me encontrar, quero que essa dor termine, eu nunca mais, nunca farei alguém sofrer por que hoje eu também estou sofrendo e não consigo suportar a culpa...
estou no escuro.
alguém, qualquer um traga uma luz, que eu preciso de orientação.
não há poesia, não há mais nada, só sinceridade.
eu nunca fiz isso, nunca pedi, nunca me abri o meu coração, ele é feio demais, duro demais, vazio demais...
termino essas palavras com um pedido de socorro, um apoio, um consolo por menor que seja, eu quero alívio, um amigo...
Um anjo apareceu pra mim, dela não soube cuidar, então se eu não posso mais lhe fazer o bem, o amor que eu queria lhe mostrar, a gratidão, o amparo... peço então que alguém, possa lhe dar a paz que eu não consegui, que lhe faça sorrri de novo, que lhe faça esquecer de mim.
Essa é a coisa mais bonita que eu posso fazer, é tudo que eu posso dar, a certeza de que eu não apareço mais, a confiança de que estou lutando com todas as minhas forças, a promessa de que eu só lhe quero bem. Pra isso tenho que sair... tenho que seguir em frente e sozinho.
não a amo por ser bonita, isso ela é, eu a amo porque ela tentou com todas as forças...acreditou em quem não valia a pena. Como vou dizer que agora, depois de tudo, eu estou disposto, eu tenho certeza.
Eu vou mudar por mim, pela minha família, pelos meus amigos, pelo meu amor. Eu sigo só mas continuo amando...esperando.
Qualquer um, por favor diga que acredita, que me aceita e que não é tarde pra mim.
Espero o tempo que precisar, mas vou provar que ainda posso fazer alguém feliz.
Eu ainda posso sonhar?
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
minha herança
se o que tá escondido de repente explode
feito a chama de um clamor inconsequente
que se apaga em consiência líquida que escorre
pelo rosto numa lágrima pungente
faz dos sulcos o seu curso, descaminho
brota em olhos quando enxergam desengano
vão salgando pela dor e pelo espinho
os contornos do meu rosto miserano
faz da dor um bálsamo, um unguento
para os males de um espírito que erra
por doença, por descrença, por ter medo
de sentir todo o amor de alguém que espera...
então eu sigo, vou sozinho e sem temer
que na volta esse alguém tenha esquecido
de me amar, se um outro alguém lhe oferecer
um amor melhor que o meu, mais forte e rico
se o encanto ela encontrar em outros braços
que lhe cubram de carinhos, de afagos...
braços fortes que aliviem todo o fardo
todo o peso dos que vivem ao meu lado...
minha herança, meu amor, o meu legado
é o adeus que devo dar a quem amei
e o alívio pro seu peito tão cansado
das mágoas e do dano que causei.
feito a chama de um clamor inconsequente
que se apaga em consiência líquida que escorre
pelo rosto numa lágrima pungente
faz dos sulcos o seu curso, descaminho
brota em olhos quando enxergam desengano
vão salgando pela dor e pelo espinho
os contornos do meu rosto miserano
faz da dor um bálsamo, um unguento
para os males de um espírito que erra
por doença, por descrença, por ter medo
de sentir todo o amor de alguém que espera...
então eu sigo, vou sozinho e sem temer
que na volta esse alguém tenha esquecido
de me amar, se um outro alguém lhe oferecer
um amor melhor que o meu, mais forte e rico
se o encanto ela encontrar em outros braços
que lhe cubram de carinhos, de afagos...
braços fortes que aliviem todo o fardo
todo o peso dos que vivem ao meu lado...
minha herança, meu amor, o meu legado
é o adeus que devo dar a quem amei
e o alívio pro seu peito tão cansado
das mágoas e do dano que causei.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Muitas perdas, alguns ganhos...
Acho que já perdi demais na vida, decepcionei muita gente boa, uma em especial...
Por isso, a partir de hoje pretendo iniciar uma contagem igualmente especial, essa contagem diz respeito aos dias em que eu não preciso sentir culpa nem machucar mais ninguém.
Hoje é o dia nº 2.
Chegará um tempo em que eu não precisarei mais contar os dias, mas por enquanto é tudo o que eu posso fazer.
Por isso, a partir de hoje pretendo iniciar uma contagem igualmente especial, essa contagem diz respeito aos dias em que eu não preciso sentir culpa nem machucar mais ninguém.
Hoje é o dia nº 2.
Chegará um tempo em que eu não precisarei mais contar os dias, mas por enquanto é tudo o que eu posso fazer.
Se após essa treva vem o dia
decerto eu desejo repousar
pois meu leito é cama feita de agonia
nela eu deito pra dormir sem descansar
Na contagem dessas horas passo frio
numa prece peço a deus pra me guiar
Meu apelo é tão servil, mas é mesquinho
E o meu medo é dessa luz não me bastar
Pois a imagem que reflete no espelho
é o olhar de algum estranho, indiferente
Cujas dores, cujas penas reconheço,
Nos mendigos quando passam pela gente...
decerto eu desejo repousar
pois meu leito é cama feita de agonia
nela eu deito pra dormir sem descansar
Na contagem dessas horas passo frio
numa prece peço a deus pra me guiar
Meu apelo é tão servil, mas é mesquinho
E o meu medo é dessa luz não me bastar
Pois a imagem que reflete no espelho
é o olhar de algum estranho, indiferente
Cujas dores, cujas penas reconheço,
Nos mendigos quando passam pela gente...
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
mendigos
quando a dor é muda, lágrima que escorre
pela angústia de um sentir que já não sente
pela dúvida em ser cão ou crer-se gente
à prostrar-se toda vez que sente fome
quando a prontidão lhes faz sofrer da inevitável
humana dor, a lhes judiar do ventre
é que lembram de sua crença, incontestável
de que deus mora no alcance dos seus dentes
nos seus pés trazem as chagas do caminho
tortuoso dos que vivem mendigando
expiando pela dor e pelo espinho
todo o crime, toda a dor, todo o engano...
e quando enfim sentem a alma aliviada
das doenças, do abandono e do sereno
deixam o corpo de mendigo na calçada
pra morar na morna luz do firmamento
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