domingo, 25 de setembro de 2011

Para o meu amigo Reinaldo

Quando se perde o tesouro da inocência
quando a sorte não sorri, quando ela seca
Deformando pela dor a consciência
desses pobres que do sol, fazem coberta.

Quando a vida das vidas de outro dia
batem à porta a pedir esmolas...pão.
Mais famintos de amor que de comida,
Se nas bocas só mastigam oração

E das faces que só tem pra por à prova,
de pancadas, de injúria... humilhação.
Toda vez em que se pede, quando implora!
Deixa aos poucos de ser homem, pra ser cão.

E é assim que eles não vivem, só existem
estirados, espalhados pelo chão
Feito coisas, feito molas que resistem
Sob o peso dos que passam... dos que não.

catarse

Aquele que entre os seus se fez proscrito
que pras esferas, fez a justa prece
E vai sonâmbulo, por entre os trilhos
sob este Azul, consolador...Celeste.

Que a humana dor, matéria vil que veste
e prende o espírito em cárcere de pranto,
por toda a vez que o barro frio da pele,
Redime em sangue o livre arbítrio humano.

Pois mesmo em treva, na angústia e no espinho,
o Amor impera, consola e traz alento,
para que a alma no bem construa abrigo
E o coração na fé encontre sustento.

E as multidões, distantes do carinho
por onde habitam ódios...desengano
Façam da luz, faróis para o caminho,
Da redenção, sentido à este Plano.